sexta-feira, 4 de junho de 2010

Fonte de Estudo para a Cia

A pedidos, criei um blog de estudo para a cia. Através desse blog poderemos compartilhar conteúdos, artigos, vídeos, inspiração... arte que correlacione ou colabore para aumentarmos nossa bagagem para a Cia Anti-Horário e também para a peça Missa Leiga.
No ensaio desse domingo eu passarei a senha, e o blog será de autonomia de todos integrantes, pra compartilharmos tudo que acharmos que agregue conhecimento ao grupo.


2 comentários:

  1. Missa Leiga
    28/ 1/ 1972 - São Paulo/SP


    Histórico

    Encenação dirigida por Ademar Guerra, é planejada inicialmente para apresentações na Igreja Nossa Senhora da Consolação, mas enfrenta barreiras que vão desde a censura até a oposição dos setores eclesiásticos conservadores e de grupos religiosos leigos. Com adaptações, a montagem em produção de Ruth Escobar é deslocada para uma antiga fábrica, local que se mostra adequado para esse exercício leigo de fé.

    O texto de Chico de Assis é musicado por Cláudio Petraglia e configura uma missa sem a consagração, estruturada sobre as partes que compõem a missa tridentina. Em meio ao ritual, vários episódios bíblicos, do Antigo e do Novo Testamento, são representados, intercalados com narrativas laicas da literatura cristã. Entre as cenas relevantes estão o sacrifício de Abraão, o julgamento de um jovem Templário e o Apocalipse. As preces rituais são adaptadas para um sentido de súplica pela redenção social, e o Kyrie adquire forte impacto emocional traduzido pela expressão corporal (orientada por Marika Gidali) e pela música de Cláudio Petraglia. A cena do Ato Penitencial é memorável: os atores descem à platéia munidos de gravadores e os espectadores podem fazer, anonimamente, declarações. Muitos utilizam esse momento para denunciar crimes e perseguições da ditadura. A comunhão, simbolizada por beijos, é oferecida aos espectadores por meio de um grupo de crianças que vai ao encontro da platéia. Lembrando a linguagem cênica dos autos medievais, o espetáculo é apresentado por figuras exuberantes que se despem dos ornamentos e, renunciando ao luxo e à ostentação, assumem a simplicidade de catecúmenos.

    Espetáculo fortemente emocional, emprega a sinceridade do desempenho de jovens atores em situações e personagens que compõem a mitologia bíblica, obtendo como resultado uma verdadeira catarse que une palco e platéia ao final das sessões.

    Uma crítica de Clóvis Garcia, recusada pelo jornal O Estado de S. Paulo, surge na revista Palco e Platéia: "A direção de Ademar Guerra deu ao texto a grandeza e a força exigidas pelo tema. Com sua reconhecida habilidade na condução de massas de atores, os trinta intérpretes se agrupam, se separam, participam ou assistem, numa precisão e eficiência de grande impacto, obtendo a adesão do público. O contraponto das expressões e inflexões, quase sempre em oposição às palavras, dá um poderoso efeito dramático. No Kyrie o talento de Ademar Guerra conseguiu a criação de um dos grandes momentos cênicos de nosso teatro".FONTE: http://www.itaucultural.org.br

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  2. Cia....se vc tiver qualquer pensamento...poste aki bjs herica

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